Ginástica Rítmica

Onde tudo começou 

Criada ao longo do tempo para atender às necessidades de uma atividade física mais plástica e expressiva para as mulheres, a Ginástica Rítmica vem consolidando-se no meio esportivo como uma modalidade atraente e bela, que encanta e emociona os que praticam e assistem. Pessoas de diferentes áreas do conhecimento humano deram contribuições significativas para o que a GR é hoje. 

Foram dançarinos, bailarinos, músicos, pedagogos, teatrólogos: 

Francisco Amorós (1770 – 1848) cria o Método Francês de Ginástica, caracterizado por uma visão pedagógica e diversificada. Contrário aos exercícios extenuantes. 

Émile Dalcroze, músico, criou no século XIX um sistema de Educação Musical chamado de “Método Eurrítmico”, onde os alunos faziam movimentos com todo o corpo para assimilar melhor as estruturas musicais. Teve muita influência na Ginástica. 

Delsarte, em Paris, busca a expressividade e a emoção nos movimentos ginásticos. 

Rudolf Bode, alemão, cria um sistema de ginástica expressiva e fluida. 

Henrich Medeau, alemão, aluno de Bode, criou a ginástica moderna e introduziu os aparelhos na GR. 

A GR recebe influência desses e de outros, estabelecendo-se como uma atividade física que correspondesse aos ideais femininos da época: feminilidade, leveza, beleza, elegância, suavidade, expressividade. Recebeu várias denominações: Ginástica Feminina, Ginástica Moderna, Ginástica Feminina Moderna, Ginástica Rítmica Desportiva e agora Ginástica Rítmica. Com várias nuances, a GR é classificada como GR de base, de Demonstração, GR Aplicada (auxilia outras áreas como a dança, teatro, circo) e GR de performance/competição. 

No Brasil, a GR chegou em 1953, inicialmente por intermédio da professora austríaca Margareth Fröhlich, convidada para ministrar aulas de Ginástica Feminina Moderna no III Curso de Aperfeiçoamento Técnico e Pedagógico, promovido pelo Estado de São Paulo. Nesta oportunidade, Margareth Fröhlich contou com a assistência de Erica Sauer. 

Ilona Peuker, húngara, chega ao Brasil também em 1953 e cria o Grupo Unido de Ginastas. 

(CRAUSE & ALLONSO apud DA COSTA).

Como é organizada 

Categorias: 

  • Pré-Infantil – 09 (nove) e 10 (dez) anos completos no ano da competição.
  • Infantil – de 11 (onze) anos a 12 (doze) anos completos no ano da competição.
  • Juvenil – de 13 (treze) anos a 15 (quinze) anos completos no ano da competição.
  • Adulto – de 16 (dezesseis) anos completos no ano da competição em diante. 

Provas: 

  • Individual
  • Conjunto (cinco ginastas) 

Aparelhos: 

  • Corda
  • Arco
  • Bola
  • Maças
  • Fita 

Tempo da música: 

  • 1’15’’ a 1’ 30” na prova individual
  • 2’ 15” a 2’ 30” na prova de conjunto 

Área de competição: 13m x 13m: Individuais e conjuntos.

Regras 

Todos os movimentos do corpo e do aparelho devem ser executados em vários planos, direções e níveis, com intensidades variadas, enriquecendo a coreografia. Música e movimento, utilização de outras partes do corpo, variedade na utilização do corpo, do aparelho e do espaço além do equilíbrio entre o trabalho mão direita e mão esquerda. 

A música escolhida deve estar de acordo com a idade e com a experiência da ginasta. 

São avaliados: a dificuldade e a execução. 

Todas as exigências e especificidades da GR, estão orientadas no Código de Pontuação, elaborado por um comitê de experts da Federação Internacional de Ginástica. 

Fonte: Silvia Sacramento – Comitê GR – FBG