Ginástica Artística

Onde tudo começou 

A história da ginástica artística é mais antiga do que pensamos. Acredita-se que os gregos praticavam diversos movimentos e acrobacias em alguns aparelhos com o intuito de atingir a perfeição física. A ginástica grega era uma preparação do corpo tanto para a prática de outros esportes, como para o treinamento militar. 

No início do século XIX, o pedagogo alemão Friedrich Ludwig Christoph Jahn (1778-1852) foi um dos responsáveis por transformar a ginástica artística em modalidade esportiva. Ele fundou clubes de ginástica para jovens e interessados na modalidade e ainda, criou diversos aparelhos que são utilizados até hoje. Por esse motivo, é chamado por alguns de “pai da ginástica”. Visto que a prática era vista como perigosa, Jahn foi preso e a ginástica foi proibida. Felizmente, adeptos desse esporte não permitiram sua extinção. Assim, alguns alemães levaram a modalidade para outras partes da Europa e do mundo. 

Em 1881 foi fundada a Federação Europeia de Ginástica, o que resultou na consolidação dessa modalidade esportiva. Desde 1896, a ginástica artística está presente nos jogos olímpicos. Começou nos Jogos de Atenas e nos Jogos Pan-americanos ela está desde 1951. 

No tocante à categoria feminina, foi somente nas Olimpíadas de 1928 na Holanda que as mulheres passaram a competir. Hoje esse grupo tem grande representatividade no Brasil e no mundo. 

A ginástica artística chega ao Brasil em finais do século XIX. Trazidos por imigrantes europeus, foi nos Estados da região do sul que ela teve início. Em 1858 foi fundada em Santa Catarina a Sociedade de Ginástica de Joinville. Dez anos depois, foi fundada em Porto alegre outra organização dessa modalidade: a Sociedade de Ginástica de Porto Alegre (Sogipa). No início do século XX, Rio de Janeiro e São Paulo começaram a praticar ginástica olímpica em clubes da cidade. O primeiro campeonato nacional ocorreu em 1950 entre atletas paulistas, cariocas e gaúchos. 

Em 25 de novembro de 1978 foi criada a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), órgão responsável pela modalidade no país. Logo, ela filiou-se à Federação Internacional de Ginástica (FIG), responsável pela organização de competições mundiais. 

A primeira competição olímpica brasileira foi realizada em Moscou em 1980. Desde então, essa modalidade vem crescendo no país. Merecem destaque os ginastas Daiane dos Santos e Diego Hipólito, ambos campões mundiais.

Como é organizada 

Categorias: 

  • Pré –Infantil – 09 (nove) e 10 (dez) anos, completos no ano da competição. 
  • Infantil- de 11 (onze) anos a 12 (doze) anos, completos no ano da competição. 
  • Juvenil- de 13 (treze) anos a 15 (quinze) anos, completos no ano da competição. 
  • Adulto – de 16 (dezesseis) anos completos no ano da competição em diante. 

Provas: 

  • Individual Masculino e Feminino 
  • Equipe

Aparelhos: 

Masculino 

  • Solo 
  • Cavalo com alças 
  • Argolas 
  • Salto sobre o cavalo
  • Barras paralelas 
  • Barra fixa

Feminino 

  • Solo 
  • Salto sobre o cavalo 
  • Barras assimétricas 
  • Trave

Regras 

Nas provas de ginástica artística, a pontuação do atleta depende dos erros técnicos cometidos, do grau de dificuldade dos movimentos, da qualidade de sua execução e da coerência da sequência. 

Os exercícios realizados por cada ginasta são julgados por um conjunto de árbitros, o Painel A e o painel B. 

O Painel A tem como função analisar a nota máxima do conteúdo do exercício, ou seja, a Nota A. A Nota A leva em consideração o grau de dificuldade dos movimentos executados. 

O Painel B tem como função analisar os erros na execução dos movimentos e a qualidade da apresentação artística, durante os movimentos. 

A nota final do atleta é calculada ao somar-se as notas A e B. 

Nas competições em equipes e individuais, as provas são classificadas e divididas de acordo com os aparelhos utilizados, assim como de acordo com o gênero dos ginastas: 

Fonte: Luís Eduardo Silva – Comitê GAM – FBG, Ana Cristina Gordilho – Comitê GAF – FBG